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A NASA acaba de fazer uma descoberta emocionante! Com o auxílio do Telescópio Espacial Hubble, foi revelado que um sistema de asteroides no Cinturão de Kuiper pode ser um triplo em vez de um duplo. Isso muda tudo o que pensávamos sobre a formação desses corpos celestiais! Neste artigo, vamos explorar essa nova ideia e como esse sistema chamado Altjira pode nos ajudar a entender o que acontece com esses objetos gelados que orbitam além de Netuno. Prepare-se para uma viagem ao universo e as surpresas que ele nos reserva!
- O Telescópio Espacial Hubble descobriu um sistema de asteroides no Cinturão de Kuiper que pode ser um grupo de três, em vez de dois.
- O sistema se chama 148780 Altjira e está a 3,7 bilhões de milhas do Sol.
- Essa descoberta pode ajudar a entender melhor como os objetos do Cinturão de Kuiper se formam.
- O sistema Altjira terá novas oportunidades de observação com o Telescópio Espacial James Webb em breve.
- Apenas 40 sistemas com múltiplos corpos foram identificados no Cinturão de Kuiper, e este é o segundo com mais de dois objetos.
Um Novo Olhar Sobre o Sistema Altjira
Descobertas Surpreendentes no Cinturão de Kuiper
Você sabia que o Cinturão de Kuiper, uma região cheia de corpos gelados além da órbita de Netuno, guarda segredos que ainda estão sendo revelados? Recentemente, o Telescópio Espacial Hubble fez uma descoberta incrível: um sistema de asteroides que pode ser formado por três rochas espaciais em vez de apenas duas, como se pensava anteriormente. Este sistema é conhecido como 148780 Altjira e, se confirmado, será apenas o segundo exemplo de um trio de corpos ligados pela gravidade encontrados nesse cinturão misterioso.
O Que Isso Significa?
A descoberta do Altjira pode mudar a forma como os cientistas entendem a formação dos Objetos do Cinturão de Kuiper (KBOs). Se realmente for um sistema triplo, os pesquisadores terão uma oportunidade única de aprimorar seus modelos sobre como três corpos ligados pela gravidade se movem juntos no espaço. Esse enigma, chamado de “problema dos três corpos”, tem desafiado cientistas desde que Isaac Newton publicou seu trabalho em 1687.
A Localização do Sistema Altjira
Localizado a cerca de 3,7 bilhões de milhas (ou 6 bilhões de km) do Sol, o sistema Altjira está no coração do Cinturão de Kuiper. Isso é aproximadamente 40 vezes a distância entre a Terra e o Sol! O Hubble inicialmente mostrou que o sistema Altjira era composto por dois KBOs, que estavam a cerca de 4.700 milhas (7.600 km) de distância um do outro. No entanto, após observações repetidas, a equipe de cientistas descobriu que o objeto interno do sistema é, na verdade, composto por dois corpos.
A Complexidade da Observação
A separação entre os dois corpos internos é tão pequena que não podem ser distinguidos individualmente a essa grande distância. “Com objetos tão pequenos e distantes, a separação entre os dois membros internos do sistema é uma fração de um pixel na câmera do Hubble”, explicou Maia Nelsen, a líder da equipe e graduada em física e astronomia pela Brigham Young University. Para descobrir que se trata de um sistema triplo, os cientistas precisaram usar métodos não-imagéticos.
Um Trabalho de Longa Duração
A pesquisa levou 17 anos de dados coletados pelo Hubble e pelo Observatório Keck no Havai para observar as mudanças orbitais do sistema Altjira e chegar a essa conclusão. Os dados foram adicionados a vários cenários de modelagem, e a explicação mais provável é que realmente se trata de um sistema triplo. Dentre os 40 sistemas de múltiplos corpos identificados no Cinturão de Kuiper, este é apenas o segundo formado por mais de dois objetos.
Implicações da Descoberta
As observações do Hubble, que sugerem a presença de um terceiro corpo no sistema Altjira, apoiam uma teoria sobre a criação dos KBOs que envolve o colapso gravitacional direto da matéria no disco de material que cercava o Sol quando ele estava se formando, há 4,5 bilhões de anos. Esse caminho de colapso direto é semelhante ao processo de formação das estrelas, mas em uma escala muito menor.
Altjira e Outros Corpos Celestes
O sistema Altjira agora se junta ao planeta anão Plutão e ao “homem de neve espacial” Arrokoth, um binário de contato composto por duas rochas espaciais que se tocam, como os corpos mais estudados do Cinturão de Kuiper. Embora não haja planos para uma visita ao Altjira, os pesquisadores esperam que observações remotas detalhadas do sistema sejam possíveis no futuro.
O Que Vem a Seguir?
Uma perspectiva emocionante está por vir com as observações do Telescópio Espacial James Webb, programadas para ocorrer durante o terceiro ano de operações. “Altjira entrou em uma temporada de eclipses, onde o corpo externo passa na frente do corpo central”, disse Nelsen. “Isso vai durar pelos próximos 10 anos, oferecendo aos cientistas uma ótima oportunidade para aprender mais sobre ele.”
Perguntas Frequentes
O que é o telescópio Hubble?
O telescópio Hubble é um observatório espacial da NASA que captura imagens do espaço, ajudando a estudar estrelas, planetas e galáxias.
O que foi descoberto no Cinturão de Kuiper?
O Hubble descobriu que um sistema de asteroides pode ser composto por três corpos, ao invés de dois, desafiando ideias anteriores.
O que é o sistema 148780 Altjira?
O sistema 148780 Altjira é um conjunto de asteroides no Cinturão de Kuiper, que pode ser um trio de pedras espaciais que orbitam juntas.
Por que a descoberta é importante?
Ela pode mudar como os cientistas entendem a formação de objetos no Cinturão de Kuiper e o problema de três corpos.
O que é o “problema dos três corpos”?
É um desafio em física que tenta explicar como três objetos se movem juntos no espaço sob a força da gravidade.
Quanto tempo foram necessários para fazer a descoberta?
Foram 17 anos de observações do Hubble e do Observatório Keck no Havai para confirmar que Altjira tem um terceiro corpo.
O que os cientistas esperam para o futuro do Altjira?
Os cientistas esperam fazer mais observações detalhadas do Altjira com o telescópio James Webb nos próximos anos.

Aldo Marques é um explorador incansável do cosmos, um cronista das maravilhas celestes que nos convida a embarcar em uma jornada rumo à fronteira final. Com uma paixão contagiante pela astronomia e pela exploração espacial, ele desvenda os mistérios do universo, desde os confins do nosso sistema solar até as profundezas das galáxias mais distantes. Seus artigos no blog são um convite para contemplar a vastidão do espaço, para se maravilhar com a beleza dos corpos celestes e para refletir sobre o nosso lugar no cosmos.